PREFÁCIO

 

A minha melhor poesia é aquela que nunca escrevi

e que talvez nunca escreverei...

Morrerá improfícua...

Como uma lágrima seca... dentro de mim.


                                                                De Hyppólito

 

sábado, 17 de maio de 2008

Noturno

"Mas vejo, no alvo mármore das urnas,
O Silêncio com o dedo sobre o lábio,
Olhando as vagas solidões noturnas..."
Da Costa e Silva
As coisas que amei, onde se encontram...?
As que amo por que não as sinto...?
Onde será que enterrei minha alma
para estar alheio a tantas emoções...?

Quero ir ao encontro de tudo que vivi
Reavivar sentimentos e ilusões
Aquecer minhas frias mãos
num sol intenso de lembranças...

Redescobrir manhãs nítidas de esperança...
Reviver noites soberbas de encanto...
Poder tocar as coisas que amei intensamente,
e tocando... sentir que as amo novamente...

Hoje! Nesta frieza em que me abismo,
entregue a um maldito calculismo,
sinto a paz dos que desistem,
a letargia dos que não crêem...

Sinto o passado distante, para lembrá-lo...
O futuro longe, para tocá-lo...
E o presente, perto demais...
Para senti-lo...


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