Qual será o sentido
oculto neste labirinto?
Para onde irá o
homem,
Aprisionado em seu
próprio instinto?
Aonde achará a saída desta
prisão,
Com o pensamento
ofuscado
Pelo sentimento e
pela emoção?
“Asas de cera não
vão, no céu, te sustentar,
Há um mar imenso e
ciumento a te mirar...”
Seriam essas asas um
meio perfeito de elevação?
Que “Dédalo” hediondo
arquitetou para ti esta prisão?
Dando-te asas de cera
para fugir de meandros vis,
Calabouços frios,
enigmáticos e sutis?
Perdeste em
afetividades a tua mera lucidez,
Elevando teus
propósitos à pura insensatez,
Em tua insanidade,
quiseste o céu do mundo,
E o inferno foi se
abrindo mais profundo...
“Asas de cera não
vão, no céu, te sustentar,
Há um imenso deserto
a te atrair, a te chamar...”
Teu intelecto é o “Dédalo”
construtor desta prisão,
Deu-te para dela
fugir, as inúteis asas da ilusão
Que a alma humana,
eternamente, vivem a elevar,
A amplidões
impossíveis de se alcançar...
“Asas de cera não
vão, no céu, te sustentar,
Há um imenso pântano,
hediondo e tenso,
Silenciosamente negro...
a te atrair.. a te aguardar...”
2 comentários:
Excelente texto 👽👽
Que bom que vc gostou...
Obrigado pelo comentário.
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