PREFÁCIO

 

A minha melhor poesia é aquela que nunca escrevi

e que talvez nunca escreverei...

Morrerá improfícua...

Como uma lágrima seca... dentro de mim.


                                                                De Hyppólito

 

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

 


Homens de Negro

 

Homens de negro, de negros intentos...

Sois sim, a materialidade do mal.

Há em vossos olhos o rubor sanguinolento,

Das faces esculpidas em algum templo de Baal.

 

Homens de negro, de negras almas...

Onipotentes na prepotência inerente ao mau-caratismo.

Vossos desmandos causam danos, causam traumas...

Arquétipos da insensatez, simulacros vis do humanismo.

 

Homens de negro, ímprobos, tiranos de caquéticos desígnios...

Onipresentes em tudo que corrompe, em tudo que suborna.

Sois guardiães inexoráveis das falcatruas, dos latrocínios.

Representam tudo que é fétido, tudo que transtorna.

 

Homens de negro, párias nauseabundos e saltitantes...

Seres abjetos que se enraizaram no poder e na cobiça,

Quem vos deu, seres da banalidade circunstantes,

O direito de sem direito usurparem a Justiça...?!

 

Homens de negro, déspotas soberbos da maldade...

Aquartelados na intocabilidade de vosso torpe casuísmo,

Vão delegando aos asseclas vis de vossa iniquidade,

A ignomínia malsã e destrutiva do cinismo.

 

Homens de negro, déspotas insanos, parvos, estultos...

Estátuas de sal, pavilhões estúpidos da onisciência.

Secareis como a figueira que não deu fruto,

Trajando o corolário infame da Jurisprudência.

                                                                              

   

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